Conheça o músico e produtor carioca Lê Almeida
Não lembramos bem como o álbum “Todas as Brisas” do Lê Almeida veio parar em nossas mãos. Apesar de ele ter sido lançado em 2016, só o ouvimos no ano passado e ele acabou se tornando um de nossos discos preferidos. O som é uma espécie de “hardcore psicodélico” e preserva a leveza juvenil do rock alternativo dos anos 90. A voz de Lê Almeida e a sua forma de cantar são inconfundíveis. Ouvimos o álbum repetidamente durante o ano passado todo e não sabíamos nada sobre o cara. Sabíamos apenas que ele era carioca.
No final de 2017, fizemos uma trip pelo Rio. E então surgiu a ideia de tentar um contato com o cara. Encontramos seu perfil no Facebook e mandamos uma mensagem contando que havíamos curtido muito o álbum e queríamos encontrá-lo para gravar uma entrevista em vídeo. Ele topou.
Encontramos o Lê no Escritório, uma pequena sala em um prédio antigo no centro do Rio, com as paredes lotadas de ilustrações, adesivos e pôsteres de shows, onde todos os fins de semana pessoas se espremem para assistir a apresentações de bandas da cena alternativa. O local também funciona como estúdio de gravação do selo “Transfusão Noise Records”, do qual ele é membro fundador.
O papo durou cerca de 1 hora e pudemos conhecer mais sobre um dos principais nomes do lo-fi nacional, aquela gama de músicos que apresentam gravações mais caseiras, de baixa fidelidade e que acabaram se tornando quase um gênero à parte.
Saímos de lá felizes por termos tido a oportunidade de trocar ideia e falar sobre música com um cara que curtimos, tomamos um café, e ainda ganhamos uma versão em fita cassete de “Todas as Brisas” e um CD de sua banda nova, Oruã.